Esta atividade leva-nos a explorar a imponente Serra da Estrela e a descobrir a lendária “Rota dos 20 Castelos”. Ao longo deste percurso, viajaremos no tempo, visitando 20 locais históricos que desempenharam um papel fundamental na formação da identidade e nacionalidade de Portugal.
Um dos monumentos mais emblemáticos da Rota dos 20 Castelos é o castelo de Belmonte. Este local guarda não só a história medieval de Portugal, mas também o legado de Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil. Estratégica e majestosamente posicionado, o castelo vigia o vale do rio Zêzere, oferecendo vistas impressionantes sobre a paisagem circundante. A seus pés encontram-se a Igreja de Santiago e as Capelas de Santo António e do Calvário, criando um cenário que respira história e devoção.
O castelo da Guarda é o mais alto de Portugal, dominando a paisagem a uma altitude impressionante. A construção de suas muralhas teve início no final do século XII, e seu estilo combina características do românico e do gótico, refletindo a evolução arquitetónica da época. Com um perímetro de muralhas de configuração irregular, o castelo adapta-se ao relevo único do terreno, o que lhe confere um caráter imponente e singular.
A Ponte de Sequeiros é uma ponte fortificada que atravessa o rio Côa, com um papel histórico crucial na definição de fronteiras. Antes da incorporação das terras de Riba-Côa ao território nacional, esta ponte funcionava como uma marcação natural de fronteira. A sua construção remonta ao século XIII.Hoje, a Ponte de Sequeiros é um testemunho da história medieval e da evolução das fronteiras de Portugal.
O castelo de Sortelha está situado no ponto mais elevado da vila, no topo de um penhasco isolado. O perímetro urbano do castelo tem um traçado ovalado e irregular, adaptando-se ao terreno acidentado da região. A noroeste do castelo, encontra-se a imponente Torre do Facho, próxima à Porta Falsa. Esta torre de planta quadrada, assim como o torreão de vigia circular localizado junto à Porta da Vila, completam a fortificação.
O Castelo do Sabugal encontra-se em uma posição estratégica, e foi parte do antigo Reino de Leão. De arquitetura militar gótica, o castelo exibe um perímetro urbano com traçado ovalado e irregular, refletindo as necessidades de defesa da época. A Cidadela é protegida por uma dupla cintura muralhada, com barbacã e cubelos cilíndricos, que reforçam a sua fortaleza. O castelo do Sabugal compartilha afinidades arquitetónicas com outros castelos importantes do país, como os de Beja, Estremoz e Montalegre, revelando a influência das técnicas de construção militares góticas em várias regiões de Portugal.
O Castelo de Alfaiates está situado em um local planáltico, delimitado por um terreiro, e apresenta construções rústicas adoçadas a dois alçados. A sua tipologia é românica-gótica, com uma planta quadrada que reflete as influências das épocas medieval e gótica. A arquitetura do castelo é de caráter militar, destacando-se pela cidadela com uma dupla cintura de muralhas.
Este castelo localiza-se num cabeço planáltico, e é tipicamente um castelo de montanha de estilo românico-gótico. O seu traçado é oval e irregular, destacando-se pela imponente Torre de Menagem de planta quadrada. No exterior, no lado Oeste, é possível observar o início da cintura muralhada exterior, que reforçava a sua função defensiva. A posição elevada e a robustez da arquitetura militar fazem deste castelo um importante marco na história da região.
O Castelo Mendo integra dois núcleos urbanos, destacando-se o recinto do castelo situado na zona mais elevada. De tipologia românica e gótica, as suas cinturas apresentam um traçado ovalado e irregular, com a demarcação da cidadela no primeiro recinto defensivo. A Torre de Menagem, de planta rectangular, é um dos elementos mais marcantes da fortificação. Com a reforma liberal, o concelho foi extinto, dando início a um processo de degradação progressiva do castelo.
O Castelo Bom situa-se sobranceiro ao rio Côa, originando-se de um antigo castro da Idade do Bronze. Incorporado ao Reino de Portugal em 1297, conserva ainda os panos das muralhas, a Porta da Vila com arco quebrado no exterior e arco pleno no interior, o brasão da antiga vila, a Cisterna a sul, o Paiol a oeste, o Poço de Escada de planta quadrada e o Poço d’El-Rei de planta rectangular.
O Castelo de Almeida caracteriza-se pela tipologia de fortaleza de arquitetura militar, com uma planta hexagonal composta por seis baluartes, respectivos revelins e cortinas. Cercado por um fosso, possui um perímetro de 2500 metros e é considerado uma das melhores fortalezas do estilo Vauban no mundo. A comunicação com o exterior é feita pelas Portas de S. Francisco (ou da Cruz), a sul, e pela Porta de Santo Castelo. Do castelo, ainda subsistem as fundações de planta quadrada irregular, que atestam a sua imponência e importância histórica.
O castelo em Pinhel está localizado no coração do núcleo urbano, rodeado por um perímetro muralhado que envolve toda a colina e o centro histórico da cidade. Os elementos manuelinos são claramente visíveis, como a janela mainelada com arcos e toros entrelaçados, e a janela de lintel reto com moldura de meia-coroa, que refletem a riqueza arquitetónica da época. O perímetro urbano muralhado inclui seis portas, duas torres defensivas e o recinto da Cidadela. Da sua cintura muralhada, subsistem dois troços que integram duas torres, preservando o legado histórico e a imponência desta antiga fortificação.
O Castelo Rodrigo está situado a 810 metros de altitude, oferecendo uma vista ampla sobre a planície que se estende até o convento de Santa Maria de Aguiar. Atualmente, é a sede do concelho e mantém a sua importância histórica. Em 1297, com a assinatura do Tratado de Alcañices, passou oficialmente a integrar o território português, consolidando assim a sua posição estratégica na defesa da região. A sua localização privilegiada e a sua história tornam-no um marco importante na identidade do concelho e da região.
O Castelo de Trancoso, situado a 885 metros de altitude, ergue-se sobre uma zona planáltica, numa cerca muralhada urbana que abrange o centro histórico da vila. De estilo românico-gótico, o castelo é composto por uma cerca e uma cidadela, ambas com traçado oval irregular. A imponente Torre de Menagem, com planta quadrada e de formato tronco-piramidal, é construída com pedras dentadas que se encaixam umas nas outras, conferindo-lhe uma aparência robusta e sólida. A cidadela do castelo é composta por sete torres.
O Castelo de Celorico da Beira está situado a 550 metros de altitude, oferecendo uma vista privilegiada sobre a vila e dominando o vale do Mondego. A partir deste ponto elevado, é possível avistar também os castelos de Trancoso e da Guarda, emoldurando a paisagem. O castelo tem uma arquitetura militar, de montanha, com influências românico-góticas. Apresenta um recinto muralhado fechado, com um traçado circular irregular, que corresponde à cidadela, e reflete a sua função de defesa estratégica da região.
O Castelo de Linhares encontra-se situado num cabeço em contraforte, a noroeste da Serra da Estrela, a cerca de 820 metros de altitude, dominando o vale do Mondego. De arquitetura românica e gótica, o castelo tem planta irregular e é composto por dois recintos fechados. O recinto do lado Oeste, de maior perímetro, corresponde à cidadela. O castelo apresenta duas torres: a Torre de Menagem, imponente e defensiva, e a Torre do Relógio, localizada a Este, que complementa a estrutura fortificada e marca a sua importância histórica e estratégica na região.
Este castelo está situado no alto do monte onde se desenvolve a povoação, na margem do rio Alva. Com uma tipologia gótico-militar, o castelo apresenta um recinto de forma irregular, adaptado à topografia do terreno. A sua arquitetura reflete a função defensiva, característica das construções medievais da região. Um dos elementos mais notáveis é a Capela de São Miguel, que se aproveita de um edifício medieval, integrando-se ao conjunto arquitetónico do castelo e acrescentando-lhe um valor histórico e cultural significativo.
O Castelo Novo encontra-se na encosta leste da Serra da Gardunha, a 650 metros de altitude. De arquitetura militar, com influências gótica e manuelina, o castelo foi um importante pólo militar na povoação. A fortificação, apesar da degradação de algumas partes, mantém-se como um marco histórico significativo.
O Castelo de Monsanto encontra-se no topo de um monte, a 758 metros de altitude, oferecendo uma vista estratégica sobre a região. A sua arquitetura militar é composta por três recintos muralhados, cada um com um traçado distinto: um recinto englobante de forma ovalada, um outro lateral com traçado oblongo e o terceiro, interior, de planta retangular. Esta estrutura fortificada reflete a sua função defensiva, adaptada ao terreno e à necessidade de proteção da povoação de Monsanto.
Este castelo localiza-se na encosta Sul da Serra de Penha Garcia, sobranceiro ao vale do rio Pônsul, em uma posição majestática que permite uma vista panorâmica da região. Em 1303, o rei D. Dinis mandou reconstruir as fortificações, reforçando a sua importância estratégica. Mais tarde, em 1510, o castelo recebeu um novo foral de D. Manuel I, marcando uma nova fase na sua história. Antiga fortaleza medieval, Penha Garcia foi também, até finais do século XVIII, um couto de homiziados, sendo utilizado para abrigar aqueles que estavam em fuga da justiça. O castelo preserva, assim, uma rica história de defesa e proteção ao longo dos séculos.
Este castelo encontra-se a 573 metros de altitude, numa posição estratégica sobre um cabeço fortificado, entre as ribeiras de Ceife e de Taliscas. A Torre de Vigia, isolada num outeiro rochoso, destaca-se na paisagem, oferecendo uma vista panorâmica sobre a região. A construção da barbacã e a reconstrução do castelo são atribuídas a D. Fernando e a D. João I, que fortaleceram a fortificação ao longo do tempo, melhorando a sua capacidade defensiva.
